maio 14, 2014

Pretérito Perfeito.

O que está acontecendo...?

Por que de repente as cores não são mais tão vibrantes? Sentimentos, memórias, tudo se confunde em um mar de emoções turvas. O que antes parecia claro como um cristal, prazeroso, leve e feliz, parece ruir em um apanhado de compromissos e obrigações, onde a identidade e individualidade é engolida por padrões e regras do 'que deve ser' e 'como deve ser.'

Estava tudo perfeito, e de repente... Não estava, pois em algum momento as diferenças gritam mais que as semelhanças. Pouco importa os bons momentos, por que os enfeites e bibelôs não estavam 'corretos'. E de repente o que parecia tão certo e gostoso, se torna ofuscado por um pensamento unilateral.

De repente vejo o sentido em problemas que vistos de fora pareciam tão absurdamente simples, e você se vê rumo a algo que nunca foi o planejado. Acabamos nos sacrificado por um sorriso, mesmo que para o outro não seja visto por simplesmente significar que está seguindo 'a bula'.

E no momento onde você se vê impotente em poder gritar e com poucas palavras limpar todo o mal entendido, você se vê preferindo abaixar a cabeça e se ferir a ferir quem está a sua frente, tamanha a fragilidade percebida em seus olhos marejados.

De repente tudo fica bem, pois assim usa de seus talentos para contornar o caos a frente, pois simplesmente é visto novamente como todos o vêem. Como louco por não conseguir se enquadrar nos 'modelos' que somos empurrados a viver.

Mas quando se controla a tempestade dentro de uma redoma de vidro, para que tudo pareça uma vez mais perfeito você descobre que não existe 'perfeito', tal definição é apenas um mesmér de que sincronia não é tão fácil como você pensava. E a frase, estava bom demais para ser verdade, faz sentido.

O que fazer quando a razão e a emoção batalham para entrar em um acordo? De repente quando existem sentimentos no meio já não é tão mais fácil ver com clareza a direção a seguir.

Cada grito abafado, cada virada de olhos disfarçada é mais e mais letal a si. E me pergunto por que raios o simples incomoda tanto e o leve e livre é tão insuportável? E por que um não pode fazer algo que gosta e o outro por que não gosta nem exita em perguntar ou notificar.

De repente a balança se inverte e oque era leve se torna missão.

Eu não quero ferir... Mas não consigo só abaixar a cabeça... Qual o próximo passo da bula? Será que sou um brinquedo tão quebrado? Por que não pode ser mais como era à dias atrás?

Pode ser que tudo isso seja devaneio de uma mente cansada... De noites sozinhas mal dormidas, melhor esperar o caos passar para poder olhar com clareza a natureza que cerca o contexto.

(Memorias de 3 meses.... 25 de Abril 2014)