agosto 27, 2014

Destruir para Reconstruir.


Sufoca. Engole seco. Qual o preço do ouro?
O que se construiu é para ser destruído.
O quão alto chegou Babel, para que os raios o destruíssem? As pedras empilhadas erradas não valem o preço que por elas é pago.
Parece acumulo, mas é vazio.
O cansaço não é físico, não é mental, não é espiritual. É apenas do ego frustrado que deseja um caminho diferente. Pois esse não mais o satisfaz. De que vale acordar quando se está dormindo dentro de um pesadelo real? Onde estão os sonhos?
O que faço para ser?
Queima como ferro em brasa na pele, olhar, acordar, viver e não sentir o prazer de sorrir... Pois do dia não dormido, com o gosto amargo do amanhã, do sol sobre a cabeça é possível ver a beleza de seu sonho tomando forma. Tudo que construiu ali sem ouro, apenas do simples cálice de madeira que contém o elixir e o sopro que te faz continuar.
Não importa que os raios atinjam a torre e a derrubem, é necessário descer para subir quando se pega a escada que não leva a lugar algum. Afinal de contas essa está refletida no lago dos sonhos o que faz dessa invertida.
Abra mão de si, dedicasse ao sonho que não é seu, para que possa sonhar e ser.
Queima de ódio, pois é o ódio que te faz amar mais seu sonho, engole a areia e o veneno pois são esses que te tornam imunes. E quando tudo estiver em sua mão e não mais precisar desses? Queime pois da cinzas que sempre voltou cada vez mais intenso e cada vez mais completo.
O que era uma mentira se tornou verdade, e a beleza disso é que nada é mais belo que tornar a mentira real, pois quando ninguém acreditou em ti, você acreditava e hoje não mais mente pois é verdade.
Atear fogo ao palácio de cartas e sair rindo sobre a chuva de cinzas que lhe castigou pois agora essa teve a que merece.
Onde está o sentido? Nas páginas rasgadas do diário que custou o sangue e as cicatrizes para não mais envelhecer.